segunda-feira, 30 de abril de 2012

REMETALCES III (38 – 46 d.C.)

Remetalces III é um príncipe trácio do início do Império Romano, o último rei dos sapeanos e odrísios tendo governado de 38 a 46. Ele é o filho do rei trácio Cótis III (ou VIII), e irmão Cótis IX, rei da Armênia Menor. Quando da morte do rei Remetalces I (12 d.C.), o reino da Trácia foi divido pelo imperador romano Augusto entre o irmão do rei, Rescúporis II, e o filho dele, Cótis III. Visando se apropriar da parte de seu sobrinho, Rescúporis o aprisiona e manda matá-lo. Entretanto, Rescúporis foi julgado e condenado por Roma, que era suserana dos Estados trácios. Exilado, Rescúporis foi assassinado por tentar escapar. O reino da Trácia é dividido então entre Remetalces II, filho de Rescúporis II, que abertamente se opusera aos planos de seu pai, e os filhos ainda menores de Cótis III, Remetalces III e Cótis IX (ou IV), que são criados em Roma. O propretor (magistrado com autoridade de pretor) Tito Trebeleno Rufo foi nomeado regente ("guardião dos príncipes") do Reino Odrísio junto com sua mãe Antonia Trifena, viúva de Cótis III.
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Artefato trácio
O território de Remetalces III permanece sob a tutela romana. Mas a maioria dos autores consideram que ele permaneceu em Roma ao lado de Calígula, futuro imperador romano, do qual é amigo de infância, até sua ascensão ao trono trácio em 38. Além disso, durante a sua estadia em Roma, ele adotou o nome de Caio Júlio Remetalces, uma clara homenagem à família imperial. O imperador Tibério manteve a favor de Remetalces II, filho de Rescúporis II, a partilha da Trácia, outrora ordenada por Augusto. Sob seu reinado várias revoltas eclodiram na parte da Trácia que estava sujeita aos romanos e os estados aliados. Remetalces III, o filho de Cótis III, presta serviços aos romanos em várias ocasiões fazendo com que ele mereça mais favores dos imperadores Tibério e Calígula. Este último no 38 decide por uma nova partilha: Remetalces III torna-se rei de toda a Trácia independente e Cótis IX recebe em troca a Armênia Menor (ou Sofene, onde reinou de 38 a 54). Quanto a Remetalces II, seu nome desaparece da história, parando o seu reinado em 38.
[Imagem]
Artefato trácio encontrado na tumba real de Kazanlak, Bulgária
 Remetalces III é, portanto, o único governante da parte da Trácia, que, sob o domínio romano, preservou resquício de independência, e é o último representante dos soberanos odrísios e sapeanos.O forte amor que ele tinha por sua sobrinha, excitava contra ele o ciúme de sua esposa, que encontrou uma maneira de o matar. Este evento, cuja memória foi mantida pelos fragmentos gregos do historiador Eusébio de Cesareia, ocorreu o ano de 46, o sexto ano do reinado do imperador Cláudio. Há a versão de que tenha sido morto em uma insurreição. Com a morte de Remetalces III, que não deixou herdeiros, a Trácia deixou de ser um reino independente e passou a ser uma província do Império Romano. 

FONTE: 
http://fr.wikipedia.org/wiki/Rh%C3%A9m%C3%A9talc%C3%A8s_III
http://www.thracefoundation.com/bg/home/

domingo, 29 de abril de 2012

REMETALCES II (19 – 38 d.C.)

Remetalces II foi um príncipe trácio do início do Império Romano, tendo um reinado sobre os trácios sapeanos e odrísios (a Trácia “independente”) em conjunto com seu primo Cótis IX nos 19 a 38 da era cristã. Ele é filho de um seu antecessor, o rei Rescúporis II. Quando da morte do rei Remetalces I (12 d.C.), o reino da Trácia foi divido pelo imperador romano Augusto entre o irmão do rei, Rescúporis II, e o filho dele, Cótis III. Visando se apropriar da parte de seu sobrinho, Rescúporis o aprisiona e manda matá-lo. Entretanto, Rescúporis foi julgado e condenado por Roma, exilado e depois assassinado por tentar escapar. O reino da Trácia é dividido entre Remetalces II, filho de Rescúporis II, que abertamente se opusera aos planos de seu pai, e os filhos ainda menores de Cótis III, Remetalces III e Cótis IX (ou IV), que são criados em Roma. O propretor (magistrado com autoridade de pretor) Tito Trebeleno Rufo foi nomeado regente ("guardião dos príncipes") junto com sua mãe Antônia Trifena, viúva de Cótis III. 
Representação de um rei e de um nobre trácio encontrada em Kazanlak, Bulgária
O imperador Tibério mantém a favor de Remetalces II a partilha da Trácia, outrora ordenada por Augusto. Sob seu reinado várias revoltas eclodiram na parte da Trácia que estava sujeita aos romanos e os estados aliados. Os serviços que seu primo e colega de reino, Remetalces III, filho de Cótis III, presta aos romanos em várias ocasiões faz com que ele mereça mais favores dos imperadores Tibério e Calígula. Este último no 38 decide por uma nova partilha: Remetalces III torna-se rei de toda a Trácia independente e Cótis IX recebe em troca a Armênia Menor (ou Sofene, onde reinou de 38 a 54). Quanto a Remetalces II, seu nome desaparece da história, parando o seu reinado em 38. É altamente provável que ele tenha morrido em 38, o que teria resultado uma remodelação na liderança dos Estados trácios. Sabemos do que ele era casado com Pitodoris II, filha de Antonia Trifena. 
Moeda trácia com as efígies do imperador Tibério e dos reis trácios Remetalces II e Pitadoris II

FONTE:
http://fr.wikipedia.org/wiki/Rh%C3%A9m%C3%A9talc%C3%A8s_II http://sitemaker.umich.edu/mladjov/files/thracian_kings.pdf

sábado, 28 de abril de 2012

RESCÚPORIS II (12 – 19 d.C.)

Rescúporis II (também conhecido como Rescúporis III devido aos reis trácios de outras linhagens com esse nome) foi um príncipe trácio do início do Império Romano, rei dos sapeanos e odrísios em associação com seu sobrinho o rei Cótis III 12 a 19 d.C. Ele era filho de Cótis II, o irmão de seu antecessor Remetalces I, e pai de um de seus sucessores, Remetalces II. Em 6, durante a grande revolta da Ilíria, ele se uniu às forças romanas para combater na Macedônia os dálmatas e panônios. Quando o rei Remetalces I morreu no ano 12, seus estados, aliados de Roma, foram divididos sob ordenamento do imperador Augusto em duas partes e repartidas entre o filho, Cótis III, e o irmão, Rescúporis II, do rei falecido. Cótis recebeu a região mais desenvolvida, perto da costa e das colônias gregas. Rescúporis, a selvagem e inculta região do interior, exposta a ataques hostis dos povos vizinhos. Segundo o historiador romano Tácito (55-120 d.C.) na sua obra Annales os dois reis tinham caráter muito diferente: Cótis tinha um temperamento gentil e amável; já Rescúporis era feroz e ambicioso e não tolerava o colega de realeza. Mas, isso pode apenas significar que Cótis era mais subserviente à Roma do que Rescúporis.
1948 Cotys III (XI) & Rhaescuporis II (IV) Reges Thraciae AE
Moeda trácia do tempo do reinado conjunto de Cótis III e Rescúporis II
Ainda no início da realeza conjunta, eles viviam em uma frágil amizade, mas logo Rescúporis ultrapassou seus limites e se apropriou de terras de Cótis, usando a força quando seu sobrinho o resistiu, embora um tanto timidamente, pois temia o imperador Augusto, que, tendo criado os dois reinos poderia vingar qualquer desafio ao seu arranjo. Quando, contudo, Augusto faleceu (14 d.C.), ele deixou soltos bandos de salteadores que arrasaram as fortalezas, como uma provocação para a guerra. Os reis rivais começaram a se preparar para o confronto. O novo imperador romano, Tibério, não queria perturbação em suas fronteiras e enviou um emissário para convencer os reis a não resolverem suas pendengas por meio das armas, mas por negociações pacíficas. Cótis se desfez imediatamente das forças que ele havia preparado. Rescúporis, fingindo seguir seu exemplo, pediu um lugar de encontro onde, segundo ele, poderiam resolver suas diferenças por uma negociação. As negociações foram feitas, mas Rescúporis não tinha intenção de seguir o acordado. Rescúporis, para ratificar o tratado, propôs um banquete. Quando o festim chegava a tarde da noite e Cótis, já relaxado pelo vinho e sem suspeitar de perigo, foi aprisionado por Rescúporis. Mesmo Cótis tendo apelado para o caráter sagrado de um rei, aos deuses de sua casa comum, e à sua condição de hóspede, Rescúporis seguiu seu intento.
Couraça trácia encontrada na Bulgária
Tendo assim se apoderado de toda a Trácia, escreveu para Tibério que uma conspiração tinha sido formada contra ele, e que ele havia se antecipado a sua concretização. Enquanto isso, sob o pretexto de uma guerra contra as tribos dos bastarnas e citas, ele fortaleceu-se com novas forças de infantaria e cavalaria. O Imperador respondeu que se não houve traição em sua conduta, ele poderia confiar em sua inocência, mas nem ele nem o Senado poderiam decidir sobre o certo ou errado de sua causa sem ouvirem a seu sobrinho. Latínio Pando, propretor de Mésia (província vizinha da Trácia), foi enviado para a Trácia com soldados a quem o rei aprisionado deveria ser entregue sob custódia e levado a Roma. Rescúporis, hesitando entre o medo e a raiva, preferia ser acusado de um crime consumado e não de uma tentativa de crime. Ele ordenou que Cótis fosse assassinado e falsamente anunciou sua morte como suicídio. A viúva e os filhos de Cótis exilam-se na Ásia. O Imperador não mudou seus planos. Com a morte de Pando, a quem Rescúporis acusava de ser seu inimigo pessoal, ele nomeou para o governo da Mésia Pompônio Flaco, um soldado veterano, especialmente por causa de sua intimidade com o rei e sua conseqüente capacidade para capturá-lo.
Representação do casamento simbólico de um rei trácio com  uma deusa
Chegando na Trácia, Flaco tentou induzir, por grandes promessas, o Rei a ir a Roma, mas ele hesitou em ir à corte imperial. Flaco, então, o cercou com uma grande força armada sob o pretexto de mostrar-lhe honra e os tribunos e centuriões. Desta forma evidenciou ao rei trácio que ele estava num cativeiro incontestável. Ciente de sua situação desesperadora, Rescúporis “permitiu-se” ser levado a Roma. Ele foi acusado perante o Senado por Antonia Trifena, esposa de Cótis, de ter mandado assassinar seu marido e por ser forçada a viver em exílio. O imperador Tibério o condenou ao exílio no Egito; Rescúporis ia ser um prisioneiro mantido longe de seu reino. A Trácia foi dividida entre Remetalces II, seu filho, que, ficou provado, que se tinha oposto aos projetos de seu pai, e os filhos de Cótis, Remetalces III e Cótis IX. Como estes ainda eram menores,Trebelieno Rufo, um ex-pretor, foi nomeado para administrar o reino juntamente com a rainha Antonia Trifena. Rescúporis foi removido para Alexandria, e ao tentar fugir ou falsamente acusado de tentativa de fuga, foi assassinado. 

 FONTES:
http://en.wikisource.org/wiki/The_Annals_(Tacitus)/Book_2#64 http://fr.wikipedia.org/wiki/Rhescuporis_III http://www.athenapub.com/thrace1.htm
http://www.europost.bg/article?id=4151

quinta-feira, 26 de abril de 2012

CÓTIS III (12 – 19 d.C.)

Cótis III dos sapeanos é também conhecido como Cótis VIII em termos dinásticos, pois houveram muitos reis trácios odrísios e asteanos chamados Cótis. O nome era popular entre os reis trácios. Estava associado a deusa Cotito uma deusa ligada a cultos orgiásticos. Mas o nome faz referência a combate, guerra. Cótis III viveu entre os séculos I a.C. e d.C., morrendo no ano 19. Ele foi um rei da linhagem sapeana tendo governado o leste da Trácia sob a suserania de Roma. Cótis era filho e herdeiro de Remetalces I, rei trácio sapeano e rei-cliente do Império Romano, com Pitodoris I da Trácia. A mãe de Cótis é unicamente atestada através de evidências de numismática, que exibem sua imagem e seu título real de rainha Pitodoris.  Quando Remetalces I morreu (12 d.C.), Augusto dividiu o reino da Trácia em dois: uma parte para seu filho Cótis III e outra metade para Rescúporis II, o irmão remanescente do rei defunto. O historiador romano Tácito (55-120) afirma em seus Anais (2.64) que Cótis recebeu as regiões cultivadas, na zona litorânea, com muitas vilas e com as cidades gregas da Trácia, enquanto Rescúporis recebeu a região do interior, mais selvagem e cercada de inimigos em suas fronteiras.
3301 Rhoemetalkes I Rex Thraciae AE
Moeda trácia com as efígies do imperador Augusto e da imperatriz Lívia (à direita) e
do rei Remetalces, da rainha Pitadoris e do jovem Cótis III (à esquerda)
Não se sabe muito sobre o início da vida de Cótis. Cótis se casara com Antônia Trifena, uma princesa do reino do Ponto, na Ásia menor, que era a filha do rei Polemon I e rainha Pitadoris, também reis-clientes de Roma. Ela era da grega da Ásia e de ancestralidade romana. A mãe de Trifena era neta do triúnviro romano Marco Antônio (53-30 a.C.), que disputara o controle de Roma com Augusto. No entanto, detalhes da relação entre Trifena e Cótis são desconhecidos. Os filhos de Cótis III com Trifena foram: Remetalces II, que o sucedeu no trono; a filha Gepepiris, que se casou com o rei Tibério Júlio Aspurgo do reino do Bósforo; Cótis IX, que se tornou rei cliente de Roma sobre a Armênia Menor ; a filha Pitodoris II que se casou com seu primo em segundo grau o rei trácio Remetalces III. Os filhos de Cótis e Trifena crescem fazendo parte da notável corte de Antônia, a Jovem, em Roma. Essa Antônia era tia materna de Antônia Trifena e se dedicou a educar príncipes e princesas de vários reinos clientes de Roma. Tácito descreve Cótis como um homem de "disposição gentil, de boa índole e costumes". O poeta romano Ovídio escreveu uma epístola endereçada a ele. Ovídio alude ao gosto cultivado de Cótis pela literatura, reivindicado favor e proteção como um irmão poeta.
1258 Cotys III (XI) & Rhaescuporis II (IV) Reges Thraciae AE
Meda trácia do reinado de Cótis III e Rescúporis II
 Rescúporis II pretendia anexar os territórios de Cótis III, no entanto não era possível fazê-lo por medo de Augusto, que dispusera a divisão do reino trácio e tinha as legiões romanas para garantirem sua vontade. No entanto, quando Augusto morreu em 14 d.C., Rescúporis II decidiu concretizar suas ambições. Tácito descreve o caráter como "traiçoeiro, feroz e ambicioso”. Rescúporis II esforçou-se para anexar “harmoniosamente” o reino do sobrinho, mas como Cótis lhe resistiu o propósito, Rescúporis planejou matá-lo. Rescúporis convidou o sobrinho para um banquete para falsamente ratificar um tratado entre eles. Cótis foi aprisionado pelo tio que se apossou de seu reino. No ano 19, na iminência de uma interferência romana para resgatar Cótis e levá-lo sob custódia, Rescúporis mandou matar o sobrinho (segundo Tácito, preferia ser acusado de um crime consumado do que da tentativa de um crime), porém disse que o mesmo se suicidara. A esposa de Cótis e seus filhos fugiram da Trácia pra Cízico na Ásia Menor. O novo imperador romano, Tibério, em 19 ainda abriu um inquérito sobre a morte de Cótis. Rescúporis foi condenado pelo Senado romano e exilado para Alexandria no Egito. Ao tentar escapar, foi morto pelos soldados romanos. O filho de Cótis III, Cótis IV, assumiu o reino em cogoverno com sua mãe, Antônia Trifena.

FONTES:
http://en.wikipedia.org/wiki/Cotys_III_(Sapaean) http://hourmo.eu/27_Reges_Thraciae/Kotys_XI_&_Rhaeskuporis_IV/Index_Kotys_XI_&_Rhaeskuporis_IV.html

sábado, 21 de abril de 2012

REMETALCES I (15 a.C. – 12 d.C.)

Remetalces I foi um rei trácio do início do Império Romano, inicialmente rei do reino dos sapeanos e posteriormente rei também do reino dos odrísios a partir de 11 a.C. até 12 d.C. É provavelmente o filho de seu antecessor, Cótis II dos sapeanos. Ele era cunhado do rei asteano Cótis VII e tio e guardião do príncipe e futuro rei asteano Rescúporis II. Remetalces era um fiel aliado de César Augusto, o primeiro imperador romano. Ele era um descendente direto do rei trácio Cótis I, fundador do reino dos sapeanos, e filho do rei Cótis II e com uma mulher de nome desconhecido. Remetalces I era o filho do meio, que tinha um irmão mais velho chamado Cótis e seu irmão mais novo foi Rescúporis II. Durante a guerra civil romana após o segundo triunvirato, Remetalces toma o lado de Marco Antônio contra César Otávio (futuro Imperador Augusto). Após a batalha de Áccio em 31 a.C. o rei sapeano passa para o lado de Otávio, o vencedor e agora senhor inconteste do Império Romano. 
705 Rhoemetalces I Rex Thraciae AE
Moeda com as efígies de Augusto e Remetalces I
Em torno de 18 a.C. o rei Cótis VII, chefe do Estado trácio asteano-odrísio, morre, e Remetalces se torna o guardião de seus filhos, incluindo Rescúporis II, o novo rei. Os bessos, um povo da Trácia, mantiveram-se independentes de Roma, atacando províncias trácias aliadas do Império Romano liderados por Vologeses, sumo sacerdote do santuário de Dionísio em Haimos. Os bárbaros são repelidos por um exército romano auxiliado por seus aliados trácios. Nos anos 13 - 11 a.C. Remetalces e seu sobrinho Rescúporis são novamente atacados pelos bessos. Este ataque é mais grave do que seu antecessor e Rescúporis é derrotado e morto. Remetalces também é derrotado, mas consegue escapar, refugiando-se no Quersoneso trácio (atual península de Galipoli na Turquia européia).Toda a Trácia cai nas mãos dos bessos, que ainda atacam as províncias romanas da Ásia e da Macedônia. 
O Império Romano no ano 1 d.C.: A Trácia é um reino-cliente
 O governador da província romana da Panfília, Lúcio Calpúrnio Pisão, foi enviado contra os bessos na Trácia. Derrotados na primeira batalha, os romanos conseguiram se recuperar e derrotar os bessos e seus aliados. Pisão, no entanto, leva três anos para pacificar a região e colocar um fim a revolta trácia. Uma vez que os bessos estavam derrotados, Augusto confia a Remetalces também o reino trácio dos odrísios, que não tinha soberano desde a morte do último rei asteano, Rescúporis II. Algumas partes das terras dos asteanos foram anexadas por Roma. Resta apenas o reino odrísio na Trácia, liderado pelos príncipes sapeanos. No ano 6 d.C., durante a Grande Revolta da Ilíria (rebelião de povos ilíricos contra o domínio romano ocorrida entre 6 e 9 d.C.), Remetalces se uniu às forças romanas para combater os dálmatas e panônios.
Artefato trácio
Remetalces combateu na Macedônia e, inclusive, conseguiu matar um dos líderes da revolta. O Imperador Augusto agradeceu-o por esses serviços por meio de vários prêmios. Ao nome do rei da Trácia foi acrescido o prenome de Caius Iulius (Caio Júlio), indicando a outorga de cidadania romana ou equivalente; e também tornou-se arconte epônimo (membro da assembleia dos nobres dirigentes da vida religiosa da cidade) de Atenas para o 9 º ano d.C. Segundo o historiador romano Tácito (55-120 d.C.), Remetalces era um rei "atraente e civilizado", um alto elogio de uma romano em relação àqueles que eles consideravam bárbaros. O rei morreu por volta do ano 12 e seus estados, aliados de Roma, são divididos em duas partes, distribuídas entre o filho e o irmão do falecido rei: Cótis III (também conhecido como Cótis VIII) e Rescúporis III. Cótis, que era filho do rei com a rainha Pitadóris da Trácia, recebe a região perto da costa e das colônias gregas. Rescúporis, a região selvagem e inculta do interior, exposta a ataques hostis dos povos vizinhos. De tal divisão, surgirão conflitos inevitáveis.
Moeda trácia com as efígies de Remetalces, Pitádoris e Cótis


FONTES:
http://fr.wikipedia.org/wiki/Rh%C3%A9m%C3%A9talc%C3%A8s_Ier
http://hourmo.eu/27_Reges_Thraciae/Rhoemetalkes_I/Index_Rhoemetalkes_I.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Cotys_III_(Sapaean)
http://www.thracefoundation.com/bg/news/?id=7

sexta-feira, 20 de abril de 2012

CÓTIS II (42-15 a.C.)

Filho e sucessor de Rescúporis I dos sapeanos, Cótis II (também conhecido como Cótis X em consideração aos homônimos que o antecederam nas linhagens odrísia e asteana) governou de 42 a 15 a.C. tendo sido morto em batalha contra a tribo trácia dos bessos. Foi sucedido por Remetalces, provavelmente seu filho.
The Letnitsa Treasure
Artefato trácio

FONTES:
 http://en.wikipedia.org/wiki/Cotys_II_(Sapaean)
http://hourmo.eu/27_Reges_Thraciae/Kotys_X/Index_Kotys_X.html

quarta-feira, 18 de abril de 2012

RESCÚPORIS I (48 - 41 a.C.)

Rescúporis I foi o rei sapeano da Trácia entre 48 e 41 a.C. Ele era o filho de Cótis I, fundador do Estado dos sapeanos, do qual foi sucessor. O rei Rescúporis I (ou III, considerando a dinastia dos odrísios e asteanos) foi um aliado do romano Marco Júnio Bruto e o apoiou na guerra contra a tribo trácia dos bessos bem como na guerra civil romana. Foi sucedido por seu filho Cótis II. A enseada Raskuporis na Ilha Livingston na Ilhas Shetland do Sul, na Antártida, foi nomeada em homenagem a esse rei.
Placa com Horseman.  O Tesouro Letnitsa
Representação de um cavaleiro trácio

FONTES:
http://hourmo.eu/27_Reges_Thraciae/Rhescuporis_III/Index_Rhescuporis_III.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Rhescuporis_I_(Sapaean)
http://ancient-treasure.info/thracian-treasures/letnitsa-silver-treasure.html